Um recente documentário produzido pela National Geographic apresenta as mais novas descobertas sobre as "megalópoles" da civilização Maia. Com mais de 60 mil residências, sistemas de infraestrutura e obras que permaneceram por séculos ocultas pela densa floresta da Guatemala, essas ocupações urbanas foram agora reveladas ao mundo, mostrando que as antigas cidades eram muito maiores e mais densas do que se pensava.
Uma tecnologia revolucionária chamada LiDAR (Light Detection And Ranging) ajudou os pesquisadores a encontrar essa civilização espalhada, removendo digitalmente as copas das árvores das vistas aéreas do norte da Guatemala. De acordo com a National Geographic, os resultados desta descoberta sugerem que não só esta civilização é muito maior do que uma vez que se presumiu, mas que as primeiras culturas centro-americanas eram "mais comparáveis a culturas sofisticadas, como a Grécia antiga ou a China, do que a cidades dispersas e pouco densas que as pesquisas até então sugeriram."
Além das residências não descobertas, as imagens mostram estradas elevadas que ligavam centros urbanos, padrões de assentamento e complexos sistemas de irrigação. Marcello Canuto, arqueólogo da Universidade de Tulane e explorador da National Geographic disse que, embora os antigos maias nunca tenham usado a roda ou animais de carga, "essa foi uma civilização que estava literalmente movendo montanhas."
Entre os achados mais surpreendentes está a ubiquidade de muralhas, terraços e fortalezas de defesa. Esta é a primeira de muitas pesquisas que serão realizadas nos próximos três anos como parte de uma iniciativa que varrerá mais de 12 mil quilômetros quadrados de florestas da Guatemala.
Confira o trailer de "Lost Treasures of the Maya Snake Kings" a seguir.
Via National Geographic.